terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Morte Súbita.



As vozes gritam; cada vez mais altas. Isso doí.
Sinto o coração na minha garganta, depois passando pra minha boca e descendo novamente. Ai, que gosto de sangue.
Borboletas dançam no meu estômago. Que frio.
A boca seca. Soou frio. Ruo as unhas.
Olho para os pés, depois para o céu. Não há azul, não há sol.
Sem sono, olho para a luz da geladeira. Onde está o queijo?
Vejo o quadro de flores que você odiava. Almofadas e cama com seu cheiro.
Olho no espelho. Falta alguma coisa. 
Sim e não. Não sou mais a mesma. Sim passei a odiar o quadro de flores também.
Quero chá, não vou dar mais banho no gato. Deixarei as plantas morrerem de sede.
Ficarei na banheira com uma faca na mão. Quem sabe em poucos segundos a minha vida a cabe.


Dessa vez: para sempre.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012